Reatech – Contatos Imediatos
Fui a Reatech há dois anos atrás, em 2006, impulsionado pela indicação de um amigo que tinha ido à feira no ano anterior e pela possibilidade de fazer test drives em carros adaptados. Sim, tive que ir a São Paulo para poder testar um carro adaptado, aqui no Rio não temos essa chance. Confesso que na ocasião gostei da feira, mas esperava um pouco mais. Já conhecia a imensa maioria das “novidades” apresentadas e depois de pouco tempo rodando, procurei a área destinada aos test drives, onde andei em praticamente todos os modelos de carros nacionais com câmbio automático – e devidamente adaptados com freio e acelerador manuais.
Este ano fui com uma expectativa maior, pois além de saber que encontraria algumas novidades de verdade na feira, também seria a oportunidade para conversar com algumas pessoas que, até então, conhecia apenas pela Internet. E, é claro, também aproveitaria para testar novamente alguns carros adaptados.
Na feira, cada visitante ganha um crachá com o próprio nome, e foi assim que identifiquei Adriana Braun, logo ao chegar. Já tinha lido sobre seu projeto Viajante Especial, através do qual ela e seu namorado, Danilo Barbosa, especialista em saúde, fizeram uma viagem com o objetivo de mapear a acessibilidade dos principais pontos turísticos da costa brasileira. Vencendo minha timidez, iniciei um bate-papo. Adriana nos contou alguns detalhes de suas viagens e disse que publicará, em breve, um guia com o resultado do projeto. Oba! Mais uma fonte de informação sobre locais acessíveis!
Rodamos mais um tanto e encontramos o pessoal do Movimento SuperAção, uma associação que promove a inclusão de pessoas com deficiência através de eventos culturais, documentários, doação de cadeiras de rodas e de uma passeata anual, que acontece em plena Av. Paulista, no Centro de São Paulo, e a cada ano agrega mais e mais pessoas, com ou sem deficiência. Foi muito bom conhecer pessoalmente Billy, Carlos Henrique e Tabata, participantes do SuperAção. Eles também mantém um blog atualizado freqüentemente e, junto com os outros integrantes do Movimento, nos ajudaram um bocado a divulgar o Mão na Roda distribuindo filipetas pela feira. Valeu, SuperAção!
Também encontrei com o Christian, um cadeirante que conheci pela internet e com quem troquei diversas idéias sobre cadeiras. Lá discutimos os prós e contras de alguns modelos oferecidos na feira, mas isso fica para um outro post.
De repente vejo um cara passando num handcycle, triciclo utilizado para cadeirantes e semelhante à uma bicicleta, mas pedalado com as mãos. Começo a conversar com o sujeito e descubro que é o Fernando Aranha, conhecido atleta de cadeira de rodas e que agora mantém um site, o www.wheelers.com.br, e tenta organizar um grupo de pessoas com deficiência para competir e se divertir com seus handcycles.
E a feira também contou com diversos participantes de fora do Brasil, como Scott Rains, Jani Nayar, Nelida Barbeito e Craig Grimes, todos ligados ao turismo acessível, assim como os brasileiros Dadá Moreira, da ONG Aventura Especial, e Ricardo Shimosakai, do grupo Turismo Adaptado. Apesar do pouco tempo que tivemos para conversar, o bate-papo foi ótimo! Como vocês podem ver, ainda temos muito assunto para próximos posts.
E podem visitar os links deste post. Vale muito à pena!
Oi Eduardo! A feira parece ter sido realmente muito produtiva. Tenho parentes em São Paulo e pretendo conferir pessoalmente o evento no ano que vem. Pena não termos algo desse porte aqui no Rio. Ah, não vejo a hora de ler o post sobre os modelos de cadeiras que vocês viram por lá. Imagino que essa visitação tenha sido muito proveitosa mesmo, especialmente para a sua vivência como cadeirante. Nota 10 de novo pro blog! Abs.
Joana, não deixe de ir ao menos para conhecer. Ah, teremos um evento parecido com esse no Rio, só que um pouco menor. É a Reintegra. Dá uma olhada nos posts anteriores que você encontra mais informações. Abraços, Eduardo.