Bem-vindos à minha casa
Amigos, antes de mais nada peço desculpas pelo meu sumiço canino. Canino? Sabem aquela história do “cachorro magro”, aquele que aparece para comer, faz a festa, faz cara que é seu amigo e depois some? Pois é… Mea culpa. Mas aqui estou novamente para me redimir. 😉
No post do dia 15/07/08 eu havia comentado sobre a necessidade de se flexibilizar algumas adequações quando a limitação de espaço não permite seguir todas as recomendações técnicas. Quando se trata de ambientes públicos, deve-se fazer o (im)possível para sua utilização estar adequada à todas as pessoas, garantindo acesso e segurança.
Mas quando se trata de um ambiente particular, por exemplo, a casa de um cadeirante, a personalização é um requisito básico. Explico: se o espaço (o lar) é particular, por que gastar tempo e dinheiro fazendo adequações que não serão utilizadas? Um apoio que é imprescindível para uns, pode ser indesejável para outros. Cada pessoa tem seu jeito próprio de fazer transferências, localização de pontos de apoio, facilidade de manobras etc. e cabe a ela escolher o que vai lhe facilitar a vida. Sem falar que todos gostamos de morar em um local bonito, portanto a estética também é um aspecto desejável.
Semana passada fui visitado por uma repórter d’O Globo Online que fez uma reportagem muito bacana sobre as adequações que fiz na minha casa. Procurei mostrar o maior número de detalhes voltados à facilitar a vida de um cadeirante, muitos dos quais passam despercebidos quando uma pessoa vê. Como fiz tudo de acordo com minha necessidade, o leitor poderá encontrar coisas que não lhe serviriam ou sentir falta de outras. Mas boa parte do que foi mostrado facilita a vida de todos. A matéria e as fotos do apartamento estão no site do Morar Bem Online e podem ser conferida clicando aqui. Só não vale reclamar do modelo que aparece nas fotos!!! 😀
Ah! No último post eu havia prometido falar sobre a escolha da casa/apartamento. Fiquem tranquilos que eu não esqueci, estou preparando o texto que será postado em breve.
Um abraço!!!
Interessante a matéria, mas é assustador percorrer 64 prédios e só achar 3 em condições de moradia para PNE. Ufa! Uma luta. Mas acho que as adaptações feitas são simples e relevantes. Acho até que, por isso, adaptar um ambiente não deveria ser visto como algo tão assombroso. Mas gosto desta cosia de não ser tão radical, afinal, vender o imóvel sempre é uma possibilidade.
Oi Jaqueline!Também estou à procura de um apartamento e não me impressiono com esse número. Como estou procurando em um bairro onde praticamente só existem prédios antigos, já descartei pelo menos uns 100 por causa dos problemas de acesso. A lei até obriga o condomínio a adaptar as entradas, mas às vezes a obra é inviável e não adianta forçar a barra. E também penso que para tornar o apartamento acessível, não há necessidade de obras mirabolantes. E temos sempre que pensar no desenho universal, que serve para todos, cadeirantes ou não. Abraços, Eduardo.
Oi Nickolas
Achei muito interessante seu apto, e sua dedicação, parabéns.
Uma sugestão: Seria viável a compra de um imóvel (aptº) antes do lançamento: possível de se fazer as alterações sem grandes transtornos. É também por que as Construtoras ou Incorporadoras não fazem o lançamento fazendo exposição deste tipo de opção e com
rampas de acesso, deveria ser obrigatório. o que acha?
Abraços…
Emiliana
Emiliana, complementando a resposta do Nick (logo acima), algumas poucas construtoras oferecem opções de plantas específicas para pessoas com deficiência. E diversos municípios já obrigam que as áreas comuns (portaria, corredores, garagens etc.) dos prédios novos sejam adaptadas. Entre esses municípios estão o Rio de Janeiro e São Paulo, por exemplo. Abraços, Eduardo.
Emiliana:
Na época, também pensei na compra de um apto. em lançamento, mas esbarrei em dois problemas: 1) a falta de imóveis na região que eu procurava e 2) a incompetência da imobiliária em se comunicar com a construtora. Simplesmente não conseguiram localizar alguém que pudesse me ajudar nas modificações. Comentarei essa aventura no próximo post.
Jaqueline:
Eu nunca fui fã da idéia de fazer grandes adaptações nos ambientes particulares, prefiro pensar em modificações funcionais e discretas que façam parecer que o ambiente foi concebido daquela forma. É uma questão de seguir o estilo do usuário. Afinal, um cadeirante é só alguém que tem um estilo próprio de locomoção, certo? 😉
Olá Nickolas!
Queria cumprimentá-lo pelo bom gosto. Sua casa ficou muito bonita!
Parabéns pela praticidade.
Um abraço!
Eliana