É tudo uma questão de postura e escolha
Quando comecei a namorar o Dado… Aliás, antes de começar o namoro, quando ainda estávamos nos conhecendo, um dos meus receios era de que, por ele ser cadeirante, fosse uma dessas pessoas que se fazem de coitadinhos o tempo todo. Ou mesmo que seria difícil reclamar de qualquer coisa na frente dele, afinal, coitado, ele deve saber melhor do que eu o que é sofrer.
Para minha agradável surpresa, nunca tive esse tipo de problema com ele. Muito pelo contrário! O que me conquistou foi perceber que ele leva uma vida bastante independente e não guarda mágoas ou raivas de não poder mais andar.
O que me fez parar para pensar o quanto somos responsáveis pela forma como nos colocamos para o mundo. Sei que corro o risco de soar piegas ou mesmo óbvia demais. Também sei que esse texto vai ficar com a maior cara de livro de auto-ajuda. Que seja!
O importante é entendermos que, independente de ser cadeirante, muletante ou andante, não importa a maneira como você se locomove. O que importa é a sua postura perante a vida. Se você escolher ser a vítima do mundo, o coitado, o pobrezinho, você consegue. Se quiser ser cadeirante profissional que faz sua vida a partir da sua deficiência, também não será difícil. Se quiser escolher como objetivo de vida voltar a andar e se colocar em risco através de tratamentos pouco conhecidos e ainda experimentais, a vida é sua. Porém, se você, assim como muita gente que conheço, escolher se misturar na multidão e seguir adiante, com a diferença de andar sobre rodas, seja bem vindo!
Que coisa fofa! Mas saiba que é muito mais fácil ao seu lado 😉 Beijinhos!
Aaaaaaawwwwwwwww!!! Você é que facilita tudo!!! Beijinhossssss :-***, Bianca
legal, cada um vive aquilo que escolhe… eu escolhi sair da Matrix.
É isso aí, Christian! Cada um com seu cada um. 😀 beijos, Bianca
Também escolhi me misturar na multidão e sou mto feliz! Faço tudo e vivo muito bem!
Que ótimo! Espero que as pessoas consigam entender isso em algum momento, né? beijos, Bianca
Curioso abrir o blog de vcs hj e ler este post tão inteligente, pois hj mesmo ouvi esta frase de um "colega de reabilitação": "Acho q somos diferentes e quero ser tratado diferente!" Diferente de q jeito não consegui entender, o fato foi q ele completou dizendo:"Eu tenho um problema de saúde" se referindo à paraplegia. Acho q este tipo de pensamento é realmente adoecido… tudo q desejo é conquistar minha independência e ser tratada como todos! nem melhor, nem pior! Qto à essa polêmica de acreditar ou não numa possível cura, perpassa por questões mto pessoais, mas uma coisa é certa: tenho mto a perder e niniguém fará do meu corpo um laboratório sobre rodas! Acho q mtas pessoas ficam obcecadas pela idéia de voltar a andar e esquecem do fundamental QUE É SER FELIZ!!!! A vida passa rápido pra andantes e cadeirantes… nos vemos na multidão!!
ps: adorei ver as carinhas de vcs do Mão no post de niver do blog… bjão galera!
Oi Valéria, espero que ele consiga entender que esse tipo de pensamento não leva ninguém muito longe. Acho que se ele fizer uma boa reabilitação, ele mudará de idéia. E concordo com vc, o importante é ser feliz, porque a vida é curta! Abs, Bianca
Bem… Eu não me juntei a multidão, pois se existe alguma luz ao fim do túnel, temos que ir atrás dela. Claro que devemos ter cautela para não arriscar o que temos, mas não podemos também ficar com o pensamento de que acabou e não temos mais para onde ir.
Fiquei 3 meses na cadeira de rodas e quando ouvi pela primeira vez que tinha chance de sair se seguisse o tratamento, decidi que era isos que queria. Não fiquei satisfeito em sair da cadeira e andar com duas muletas, pois sabia que podia ir mais além. Hoje, ando com uma muleta somente, mas ainda tenho o desejo de troca-la por uma bengala, porém o trabalho é arduo e o caminho tortuoso devido as dificuldades impostas pela prefeitura (buracos, calçadas irregulares, etc.)
Sempre acredito que o pensamento positivo pode melhorar a vida de qq pessoa e a força de vontade faz com que a pessoa vença as suas dificudades.
O que não podemos é deixar de viver ou de fazer o que é possivel, por causa do problema que vivemos.
Oi The Best, acho que cada caso é um caso. Se existe possibilidade de voltar a andar, tb acho que a pessoa não deve se acomodar, deve fazer um esforço. Mas não são todos os casos em que essa possibilidade existe e acredito, que nesses casos, a melhor solução é a reabilitação, aprender a viver com sua nova limitação. Todos nós temos limitações. Acho que ficar correndo atrás de tratamentos "milagrosos", em muitos casos, é perda de tempo e até dinheiro… Abs, Bianca
"Tem gente que tem uma unha encravada e é o maior problema do mundo"
Ei. Eu já tive uma unha encravada que quase causou a amputação do meu pé. ERA um problema sério.
No mais, acho que é por aí. Deficientes não são melhores nem piores, são só diferentes, e a chave da felicidade é se realizar reconhecendo e respeitando tais diferenças e aprendendo a lidar com isso.
Eu acho que nossa leitora quis apenas dar um exemplo, né? Sabemos que uma unha encravada pode ser bastante sério, mas não é o comum. Mas que bom que todos concordamos no resto 😉 Abs, Bianca
Oi Bianca, escolhi simplesmente VIVER!
Seja na multidão ou fora dela.
O pensamento positivo está sempre presente e a fé tbm.
Costumo dizer que estou e não que sou paraplégico.
"…lembra quando a gente pensou um dia acreditar, que tudo era pra sempre…sem saber….que pra sempre, sempre acaba…"
Beijão pro ceis!!
Viver é sempre o melhor remédio, Evandro! Excelente escolha! Abs, Bianca
Finalmente consegui me cadastrar no O globo. Só tenho que parabenizar vocês e dizer que logo, logo, farei um blog com o mesmo tema. Vou começar devagar, mas acho importante. Espero poder ser parceira de vocês.
Um forte abraço.
Oi Mila, valeu pelo comentário. Qdo estiver com seu blog no ar, nos avise! E obrigada pelos parabéns tb! É sempre muito bom saber que agradamos e que servimos até de inspiração! Abs, Bianca
Meu companheiro está paraplégico desde julho/2007 devido à um assalto. 4 meses depois ele já estava trabalhando e cuidando da própria vida. Trabalha, faz MBA à distância e inglês no horário do almoço. Tem dificuldades aos montes e supera uma a uma. Me ensinou a ser mais corajosa e a ter determinação.
Não é a cadeira que o impede de fazer as coisas, mas as limitações da mente dele e das pessoas que estão à sua volta. Eu mesma aprendi a ser um incentivo e não um obstáculo. No início tratava-o como um bibelô. Ignorância pura!
Hoje sei que podemos fazer qualquer coisa. Talvez de forma inusitada e completamente diferente do esperado. Depende apenas da nossa determinação e criatividade.
[ ]’s,
Pois é, Adriana. O problema está sempre na cabeça, porque o ser humano tem uma capacidade imensa de se "redescobrir" e de se readaptar fisicamente. Mas que bom que ele conseguiu e você o acompanhou. Abs, Bianca
Parabens pelo texto Bianca
abraço