Reatech 2009 – Casa com desenho universal
Um dos projetos interessantes mostrados na Reatech foi a casa construída seguindo os conceitos do Desenho Universal. Já tinha visto projetos de casas populares acessíveis aqui mesmo no Brasil, onde apenas algumas unidades eram adaptadas. Já nessa iniciativa, mostrada durante a feira pelo Governo do Estado de São Paulo, todas elas são acessíveis!
O projeto de cada uma das casas contempla corredores e portas largas, entrada sem degraus, altura adequada de bancadas, interruptores e janelas, além de outros conceitos de acessibilidade e sustentabilidade.
Quem quiser saber mais sobre o projeto, é só acessar esse link. Algumas fotos da casa estão logo abaixo.
E aí, Sérgio Cabral, quando vamos fazer o mesmo aqui no Rio?
O projeto dessa casa na feira chamou a atenção. Vi muitas pessoas interessadas. Enquanto observava, ouvi um comentário de um grupo que estava ao meu lado: "ah, mas será que todo mundo vai ter que usar a casa assim, toda adaptada? E quem não precisa"? Fiquei intrigado e perguntei para uma pessoa do stand que me respondeu: todas as casas serão feitas nas medidas padrões de acessibilidade, mas as adaptações são para quem quiser/precisar. Assim, atende-se a todos, pois mesmo pessoas "andantes" sentem mais conforto em uma casa com passagens e cômodos mais amplos. Parabéns aos responsáveis por essa iniciativa!
Viva o desenho universal! E se a pessoa passar a precisar das adaptações, fica muito mais fácil colocá-las nessa casa. Abraços, Eduardo.
Enquanto isso, aqui no RJ, as obras do PAC nas favelas constroem sobrados apertados com escadas estreitas no seu interior… e a acessibilidade? Ou será que ninguém vai precisar disso?
Rapaz, no caso da deficiência, o que dá voto é caridade. Aí já viu, né? Abraços, Eduardo.
Acho que ainda vai demorar um pouco pras pessoas entenderem que casa com desenho universal serve pra todo mundo. Se não quiser banquinho no box, não põe banquinho, mas não vejo mal nenhum numa casa com espaço suficiente pra cadeirantes. Fica melhor pra todo mundo. Mas com o tempo as pessoas vão pegando o espírito da coisa. Essa iniciativa vai colaborar bastante com a propagação do conceito de desenho universal. Adorei!
E assim que vai ser nossa casa! Servirá para todos! Beijinhos, Dado.
Pois é, Bianca… Aliás, a redução dos espaços tem sido um regresso na qualidade de vida das pessoas: as construções tem oferecido cada vez menos espaço interno em nome da redução de custos. Assim, cabem mais imóveis no mesmo terreno/prédio. Imóveis antigos tinham todos os cômodos maiores, até as portas dos banheiros eram mais largas há 30 ou 40 anos atrás… Não vai demorar para termos que dormir em pé e morar em cubículos de 10 m².
Eu também ADOREI essa idéia, já não era sem tempo de alguém fazer alguma coisa. Fico animada ao pensar que em São Paulo as coisas já estão mudando, para melhor diria eu. Enquanto aqui em Belo Horizonte, moro em um prédio de classe média e tenho uma vizinha insuportável que só preocupa com a ESTÉTICA do nosso prédio. Na última reunião de condomínio (que era para resolver a questão da rampa) só a minha mãe foi. A rampa que tem no meu prédio, os custos ficaram por nossa conta… Nós achamos um absurdo mudar de prédio só por causa da rampa, porque no nosso caso o apartamento é antigo e muito amplo; também tem a questão do condomínio ser mais "em conta" dos imóveis que olhei. É muito cansativo procurar imóveis… 🙁 Mas também é muito chato "lidar com gente", todos entendem; mas ninguém faz nada!!!
Mônica, consulte a legislação municipal de BH. Aqui no Rio os prédios são obrigados a fazer e bancar as adaptações. E acredito que, mesmo que em BH não exista legislação específica sobre isso, você consiga esse direito na justiça. Abraços, Eduardo.
Mas Eduardo, será que pra tudo a gente tem que recorrer à justiça??? Isso cansa, viu?! 🙂