Praia do Forte – Bahia

Nossa leitora Cristal Bittencourt esteve na Praia do Forte na Bahia e nos enviou suas impressões de lá. Valeu, Cristal!!
“Mandei um tweet pra vocês perguntando se tinham interesse em ver umas fotos de Praia do Forte, aparentemente totalmente acessível, e como a resposta foi positiva, cá estou! Digo aparentemente porque sou andante, e não tenho nenhum problema de locomoção, então não posso ter certeza se a vila de Praia do Forte supre, ou não, as necessidades de um cadeirante.
No entanto, no fim de semana em que estive lá, cruzei com dois cadeirantes que, a meu ver, aproveitavam a vila sem maiores problemas. Um senhor, sozinho, de cadeira motorizada e uma moça de cadeira normal sendo guiada pelo namorado.
O estacionamento fica em frente à entrada da vila, sem caminho de barro ou qualquer inconveniente do tipo. É lá também que param os ônibus e vans.
A cidade é cheia de hotéis e pousadas, a maioria razoavelmente cara. A pousada que eu fiquei, mais barata, não tinha acessibilidade e ainda era um pouco mais distante. Mas no centro da vila há várias opções mais caras, e um dos hotéis tinha aquele símbolo da cadeira, o que acredito que seja a indicação de quartos acessíveis. Ou estou errada?
A vila toda é praticamente um caminho só, e todas as lojas, restaurantes e pousadas são normalmente no nível da rua. E, quando não é, a grande maioria tem rampas. É bem raro ver degraus por lá. No final da vila, há o Projeto Tamar (que eu acabei não indo nem obtendo qualquer informação graças à chuva) e a praia. Praia, areia, claro, inacessível… Pelo menos até Luciana de ‘Viver a Vida’ chegar lá! rs Mas, antes de efetivamente a praia começar, de frente pro mar, há um espaço razoavelmente grande, com três barracas de praia, e chão de madeira. Ou seja, dá pra ir da vila até essas barracas de frente pro mar sem problemas. Por culpa da chuva, não tirei foto.
Resumindo: o problema é só se chover! A cidade fica inabitável para pés e rodas!
Espero ter dado uma boa dica, um beijo. ”
Observações do Nickolas: “Já fui na Praia do Forte há algum tempo atrás (acho que 2005), quando nem havia o blog.
Não tive nenhum problema para circular pela vila. Todos os lugares são no nível da rua. Algumas lojas tem um degrau na entrada, mas é uma minoria. Talvez já tenham até retirado. Havia vaga reservada no estacionamento e consegui usar o banheiro em um restaurante que parei para almoçar. Não cheguei a ir até o projeto Tamar.”
Nota da blogueira Bianca: O projeto Tamar, pelas fotos que encontrei na internet, não me pareceu acessível, pois é todo sobre areia da praia. Não me lembro se existem trilhas lá dentro (eu também já estive lá, há milênios).
Segundo nossa leitora e colaboradora Maria Paula Teperino o chão do Projeto Tamar é de cimento com uma camada fina de areia por cima (para compor o ambiente). Por conta disso, é possível circular com cadeiras de rodas no local. Abaixo fotos enviadas por ela:

Se alguém tiver mais alguma informação sobre acessibilidade da praia, da vila ou do projeto Tamar, comente!
Amigos, a Praia do Forte tem um acesso muito bom, assim como o Projeto Tamar. O Nickolas falou que ele é todo em areia e realmente a primeira impressão é que a cadeira vai afundar e não será possível andar, entretanto, embaixo da areia há uns blocos de concreto, onde pode-se andar tranquilamente com a cadeira sem correr o risco de se ficar atolado (tenho as fotos e estou mandando para o email do Mão na Roda, para o caso de quererem postar). Dá para se andar sem problemas por todo o espaço, que inclusive têm banheiros acessíveis, assim como as piscinas onde ficam as tartarugas estão numa altura que quem está sentado também pode apreciar. Vale apena conhecer o lugar e como fica há pouco mais de uma hora de Salvador, se as pousadas por lá estiverem muito caras, dá para ficar em Salvador e ir passar o dia lá.
Até mais.
Oi Maria Paula,
Muito obrigada pelas informações e pelas fotos. Já as coloquei no post. Valeu mesmo! Agora já sabemos que cadeirantes tb podem ver tartaruguinhas fofas nascendo. Quando estive lá, tive a sorte grande de chegar no dia da desova. Lindo! beijos!
Uai, que susto eu tomei com esse post!
Relendo-o agora, senti que eu podia ter tentado coletar algumas informações melhores… Mas, sabe como é, a bendita chuva não deixou!
Espero que o post seja de alguma utilidade. É engraçado que, uma vez prestando atenção à acessibilidade, é difícil não reparar sempre nos lugares que a gente vai! Claro, como andante, muita coisa acaba me passando despercebida, mas sempre dou um valor mais (quem sabe os 10% da conta?) ao restaurante que se preocupa com isso, seja colocando banheiros acessíveis ou rampas.
Aqui em Salvador mesmo, semana passada estive no Munik (um restaurante-cervejaria que fica na Pituba) e além do lugar ser muito bom, ele ainda me totalmente acessível. Com uma bela rampa na entrada e um banheiro grandinho para cadeirantes.
Posso dar uma de ousada e sugerir um novo post? Talvez até já tenha algo assim por aqui, mas nunca vi. Um post com os itens que tornam um lugar acessível. É bom pra quem não tem conhecimento de causa, poder saber e dar valor a um lugar que for verdadeiramente acessível. Porque muitas vezes, ao ver só um banheiro por exemplo, podemos acabar comprando gato por lebre.
E obrigada pela gentileza em publicar meu e-mail na íntegra!
🙂
Oi Cristal,
Um milhão de desculpas por não ter te avisado da publicação do post! Falha enorme minha!!!
E muito obrigada pelo texto e pelas fotos. Ficaram ótimos!
Ah! Se por acaso você der um pulo lá no tal Munik de novo, não se esqueça de tirar fotos e nos enviar! É sempre bom termos colaboração de outros estados!
E em relação a escrever sobre os itens que tornam um local acessível, adorei a idéia. Na verdade já é uma vontade antiga nossa, escrever sobre isso, mas sempre vamos deixando de lado. Vou colocar na pauta!
beijos!
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Adoro Praia do Forte!
Tô sempre por lá, lugar animado, comida boa e quase que completamente acessível. Frequento Praia do Forte há muuuuito tempo, desde que era barro puro. Depois de uma “urbanização” que procurou manter o charme rústico, melhorou bastante.
Segundo ouvi dizer, o plano diretor era q na avenida principal todas as casas tinham q ser acessíveis. Claro, sempre tem aquela loja q o povo vem com aquela “mas é só um batentezinho”. ¬¬
Recomendo. Mas o estacionamento deixa muuuito a desejar. A cidade vive cheia e quase nunca dá pra achar vaga nesse daí q ela indicou. Tem outros pelo fundo, em q se precisa andar mais um pouco, mas dá certo.
Um beijo e venham sempre visitar a Bahia!
Oi Mila,
ótimo ter mais uma opinião sobre a acessibilidade na Praia do Forte! Agora os cadeirantes já podem ir sem medo. O lugar é lindo mesmo, recomendo!
beijos!
Eu tive na Bahia há uns 3 anos e não fui no Projeto pq achei que não era acessível. Uma pena. Não deixa de ser motivo pra voltar, rsrsrs. Bjs!
Excelente motivo, Cris! Não deixe de voltar 🙂 beijos!
Sds,
Gostaria de saber se tem alguém que foi convidado a fazer estágio no Projeto Tamar e já tem indo, pois gostaria de partilhar algumas informações comigo? Etirar algumas dúvidas.
Conto com a colaboração de vocês..
Att: Daniela
as fotos são realmente, espetaculares *-*
Muito legal 😀
Também gosto bastante da Praia do Forte.
Pena que moro longe rs
Moro em São Paulo – SP estudo na escola “EMEF- Professor Noé Azevedo”
Fui para ai, em julho de 2011, e quero voltar…
BEIJOS !
Adorei as informações!!!! Não sou cadeirante, mas uso muletas. Será que também vou conseguir me locomover com facilidade na Praia do Forte? Não entra carro na vila?